quarta-feira, junho 22, 2005

Voltei às lides!!!

Estava aqui a ver o Trio de Ataque da RTP1 e esta merda do futebol é um desporto que não faz sentido nenhum (e juro que não tem nada a ver com ser o Luís Filipe Vieira o entrevistado!).
Hoje vi um documentário sobre o fascismo e as ligações ao futebol. Só o facto de haver ligações entre um desporto e uma ideologia como o fascismo, para mim, já suficientemente arrepiante. Mais arrepiante ainda é saber coisas fascinantes como as que passo a descrever:

- O Mundial de 1934 foi vergonhosamente manipulado de forma a que a Itália fosse campeã. A vergonha incluiu um árbitro a fazer um corte de cabeça num lance para golo (!?!?!?!?), na meia-final entre a Itália e a Áustria. Este mesmo àrbitro apitou a final desse mundial, coisa que é caso inédito na histórias dos mundiais. Em ambos os jogos, além de mostrar os seus dotes no jogo-àereo, roubou descaradamente permintindo, entre outras coisas, golos em fora-de-jogo e jogo ultra-violento da Itália. Este mesmo árbitro, antes dos dois jogos, encontrou-se para jantar com Mussolini “Il Duce”. Pintos da Costa sempre existiram...

- Após a anexação da Áustria em 1938, Hitler ambicionava juntar as selecções alemãs e austríacas, já que, na altura, a selecção da sua terra-natal tinha uma seleccção mais forte que a alemã. Na altura, a Áustria contava com um dos melhores jogadores do mundo, de seu nome Sindelar e que era também o capitão de equipa. Acontece que este senhor não esteve na disposição de jogar pelo 3º Reich. Resultado: acabou por morrer misteriosamente...

- Em meados dos anos 50, Di Stefano assina pelo Real Madrid, clube do qual é hoje presidente honorário. Até aqui tudo bem. Acontece que este senhor esteve com os 2 pés no Barcelona, tendo chegado a jogar alguns amigáveis por este clube. Acontece que o Franco, desde meados dos anos 40, tinha elegido o Real Madrid como o clube do regime e tentava por todos os meios empurrar este clube para os títulos, sem sucesso. O pior era que o Barcelona era a forma como os catalães, violentamente massacrados durante a guerra civil (com a ajuda de italianos e alemães), viam o Barcelona como uma forma de se agarrarem à sua independência ou, no mínimo, à sua identidade. A ida do melhor jogador do mundo para um clube com estas características era altamente prejudicial para o regime, logo, toca de arranjar 500 mil problemas burocráticos para impedir o Barcelona de inscrever o jogador e trazê-lo para Madrid ou pelo menos, obrigar o Barcelona a negociar. O negócio era ele uma época jogar pelo Barça outra pelo Real. O Barça mandou-os pastar. Claro que isto foi o início da hegemonia do Real que levou a 5 títulos europeus.
Olhando para esta história lembro-me duma que tem contornos semelhantes e que teve desfecho semelhante. Mas é capaz de ser da minha vista...

Em jeito de conclusão, tenho a dizer-vos que começo a perder a paciência para o futebol. Começo a achar que é tudo uma farsa e que não vale mesmo a pena preocupar-me com isto. Não, não, não tem a ver com o mau final de época do Sporting. Tem sim a ver com o futebol ser menos fiável que uma puta do Intendente ou que um político em tempo de eleições. Mas sobre isto falamos depois. Sobre os políticos, não sobre as putas do Intendente. Pensando bem as putas até podiam ser uma evolução em relação ao futebol.


Vou-me embora. O LFV ainda fala... Nunca vi ninguém dizer tantas vezes: “Que isto fique claro!”. A minha experiência comercial diz-me que normalmente quem diz este tipo de coisas quer é que as coisas fiquem no escuro. Por muitos campeonatos que ganhe continuo a ver-lhe mais defeitos que virtudes.

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