segunda-feira, janeiro 10, 2005

Uma pequena reflexão (tarde e a más horas)

Hoje foi um dia de ressaca. A noite de ontem foi um pouco agitada. Depois das emoções do meu Sporting (dizia eu que não queria sofrer!), a noite seguiu para um farto jantar, na já clássica Adega do Kais. A noite era de festa e também de despedida. O nosso amigo djzinho está de partida para Madrid, onde irá desempenhar as funções de nosso enviado especial, além das suas obrigações profissionais. Infelizmente, não é a primeira vez que a sua ausência se irá fazer sentir por um período de tempo razoável, mas uma coisa é certa, cá estaremos à espera dele. Resta-me apenas desejar-lhe Boa Sorte e dizer-lhe Tee Jay.
Como é normal nestas situações, grande parte do dia seguinte foi passada em casa. Aproveitei para dar uma vista de olhos no Expresso e dei por mim a pensar: "Porra, estes últimos meses de 2004 foram uma literal merda" (quando disse isto pensava apenas no que se passava a nível nacional e internacional, já que a nível pessoal as coisas dificilmente poderiam correr melhor). Estava na altura de fazer uma pequena revista do ano, como aquelas com que somos bombardeados no final/início de cada ano por rádios, tv's e jornais. Confesso que fiquei preso nos último 5/6 meses.
Vejamos então alguns dos factos mais importantes destes últimos meses (poucos mas bons):
1) O Santana Lopes chega ao poder (pasma-te ó alma), cidadão que eu sempre pensei mais talhado para a gestão de clubes nocturnos. Pensava eu já tinha sido uma desgraça vê-lo à frente do meu clube, quando, sem aviso, lhe entregam o poder do meu amado país.
2) O Bush é reeleito. O povo americano é facilmente manipulável e a família Bush é mestre nesta arte. O que se passou e se está a passar nos Estados Unidos prova que a realidade é bastante maleável e que nem sempre nos devemos fiar naquilo que lemos, ouvimos e vemos. Penso que, agora, só a História irá pôr o George W. Bush no seu devido lugar.
3) Os fait diverts da vida Nacional foram mais que muitos. Entre a cortina de fumo lançada sobre o caso Casa Pia, passando pelo Apito Dourado, pelas trapalhadas e cretinices do governo e pela inoperância da oposição, ainda deu tempo para assistir a uma situação bizarra: a ascenção a herói popular da aberração José Castelo-Branco.
4) Jorge Sampaio demite o governo de Paulo Portas, desculpem, de Santana Lopes. Eu não suporto o Paulo Portas, mas a verdade é que o "ser" conseguiu governar um país com 7% dos votos. É obra!
5) O maremoto do Sudeste Asiático. Sobre este facto não me vou alongar, pois a tragédia é demasiado profunda para ser analisada neste momento.

O que nos reserva 2005? Á primeira vista não parece que seja grande coisa. Em Portugal, e a julgar por estas primeiras semanas de pré-campanha, continua o vazio de ideias vindo de todos os partidos. Assim é díficil escolher. Mas este assunto irei desenvolvê-lo numa próxima crónica. No Mundo, quando o país que ambiciona ser o líder do mundo é dirigido pelo Bush e o Durão Barroso é o presidente da União Europeia, acho que está tudo dito.

Ainda assim, tenho esperança que as coisas melhorem, não fosse a côr do meu clube a côr da esperança. Vou para a cama com esse pensamento na cabeça.

Ps: Hoje ouvi o Ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, dizer que era de mau gosto dizer que o dia de folga que tirou em S. Tomé é apropriação indevida de dinheiros públicos, depois de ter viajado num Falcon alugado pelo Estado Português e passado o dia a mergulhar às nossas custas. Alguém explica a este senhor que os dinheiros públicos são para ser utilizados em benefício do interesse público? Como é que esta gente chega ao Governo? Já não bastava a Ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, dizer que achava desinteressante explicar-se perante a câmara que representa o povo português? Até o Mota Amaral que é, normalmente, bastante calmo se exaltou com essa senhora. Parece que a trapalhada da colocação dos professores não é suficientemente importante para ter de se explicar...

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